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Prescrever ou não prescrever AAS em infarto lacunar assintomático?

Byindianadmin

Feb 14, 2024
Prescrever ou não prescrever AAS em infarto lacunar assintomático?

Os infartos lacunares representam um dos achados incidentais mais comuns em exames de ressonância magnética de encéfalo na prática clínica. Inclusive, a lacuna isquêmica silenciosa, em diversos estudos de neuroimagem, foi mais prevalente ao comparar com outros achados incidentais como meningioma ou cistos aracnoides. Os infartos lacunares, sintomáticos ou não, são alterações que estão associadas a déficit motor e cognitivo em longo prazo, assim como fator de risco para doenças futuras como acidente cerebrovascular ou declínio cognitivo. Veja também: 19459005 Manejo de problemas neurológicos em crianças sob VMID em domicílio 19659004 A prescrição de terapia antitrombótica como profilaxia secundária de um acidente cerebrovascular, como um evento lacunar sintomático, é um manejo bem consagrado na literatura e formalizado nas diretrizes de instituições como a 19459006 American Heart Association 19459007 e 19459006 American Stroke Association (AHA/ASA). Contudo, em casos de lacuna isquêmica assintomática ou incidental, a prescrição de terapia antiplaquetária não possui um embasamento científico sólido, gerando correntes opostas quanto ao uso dessa terapia nessa população de pacientes. 19659005 A revista Stroke publica, em 2023, um paper com visões opostas de especialistas sobre a abordagem terapêutica desses pacientes com lacunas cerebrovasculares assintomáticas. 19659006 infarto lacunar O grupo que responde “não” 19659008 O raciocínio primary na prescrição de terapia antiplaquetária para infarto lacunar silencioso seria a possibilidade em prevenir acidentes cerebrovasculares sintomáticos, doença cardiovascular aterosclerótica, declínio cognitivo e morte. Contudo, as evidências na literatura para suportar essa prescrição são frágeis, além da segurança nessa abordagem ser questionável. Em ensaio clínico realizado em 8 centros italianos com indivíduos acima de 45 anos com infarto lacunar silencioso, não foi encontrada diferença entre grupo intervenção e placebo na avaliação de desfecho primário (AVC) e de desfechos secundários (eventos cardiovasculares, cognição ou óbito). Entretanto, o número amostral age pequeno (n=83) e houve 27% de perdas, o que pode ter comprometido os resultados desse estudo. Uma revisão da Cochrane com 3.384 indivíduos, provenientes de 3 ensaios clínicos na investigação de terapia antitrombótica para prevenção de declínio cognitivo em indivíduos com doenças de pequenos vasos, não demonstrou benefício cognitivo clínico relevante entre os grupos (intervenção versus placebo). 19659011 Há declaração da AHA/ASA em 2017 que não recomenda a prescrição de antitrombóticos como profilaxia primária para eventos cerebrovasculares. Ademais, em 2021, a 19459006 European Stroke Organization publica diretriz em que não recomenda uso de drogas antiplaquetárias para infatos lacunares incidentais diante de evidências insuficientes e de baixa qualidade. Uma ponderação, realizada pelos especialistas que não defendem a prescrição dessas drogas nessa publicação da Stroke, é sobre o pace e o mecanismo desses infartos lacunares silenciosos. O pace de instalação desses infartos em muitos casos é incerto, podendo ocorrer inclusive durante fases mais jovens da vida. Ademais, tais infartos não necessariamente são resultado de mecanismo aterotrombótico, de modo que a droga antiplaquetária não desempenhe um papel protetor nessas Find out more

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