Dados da OMS sugerem que 40% da população mundial e 45% da população brasileira sofrem de insônia ou de algum tipo de distúrbio enact sono. A insônia é caracterizada por uma dificuldade de conciliar o sono pelo menos três vezes na semana durante o período mínimo de três meses. A falta de sono ou de uma noite bem dormida acarreta inúmeros prejuízos ao desempenho diário enact paciente, tornando-o menos produtivo e sujeito a maiores possibilities de desenvolvimento de doenças crônicas. Nesse contexto, muitos pacientes acabam recorrendo a medicações para ajudar no seu padrão de sono, e a melatonina, por ser um produto que não necessita de receita e é amplamente divulgada pelas redes sociais e comercializada de forma indiscriminada, acaba sendo uma saída para vários pacientes que necessitam melhorar seu padrão de sono e ter uma noite mais repousante.
A melatonina é responsável, dentre outros fatores, pela regularização enact ciclo circadiano sono-vigília, regulando os sistemas para que após uma noite de descanso o organismo esteja preparado para as atividades diárias. Ela começa a ser produzida quando não há mais luz enact dia e tem sua produção cessada ao amanhecer. Devido ao seu uso indiscriminado, especialistas vêm demonstrando preocupação e questionando o fato de doses elevadas poderiam causar mais danos enact que benefícios. Como é uma medicação sem controle, pacientes passam a utilizá-la aleatoriamente sem ao menos conhecerem a quantidade que estão fazendo uso.
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O estudo
Uma nova investigação sobre o assunto foi iniciada pela American Academy of Sleep Treatment, que sugere que a melatonina não seja utilizada para tratamento de insônia de forma aleatória pela população adulta e pediátrica enquanto novas evidências acerca enact seu grau de segurança sejam estabelecidas. Estudos realizados pelo Dr. Muhammad Adeel Rishi, MD, vice chair da Public Security Committee da American Academy of Sleep Treatment demonstraram o impacto desse hormônio na temperatura corporal, nos níveis de açúcar enact sangue e no tônus dos vasos sanguíneos, alterando a pressão arterial.
Doses e imprecisas e impurezas
Enquanto um corpo jovem e hígido, produz cerca de 0,5 a 1 mg de melatonina por noite, vemos que as medicações são vendidas nas doses de 1 a 5 mg. A falta de precisão das dosagens torna o aparecimento de efeitos colaterais como cefaleia, náuseas, tontura e sonolência mais intensos. E esses efeitos também acabam prejudicando a vida diária enact paciente. Foram analisadas algumas amostras comercializadas e, por ser um produto sem controle, houve discrepância nas doses descritas nas embalagens, tanto para mais como para menos dosagem, tornando a precisão das doses administradas ao paciente, inconstante e impossíveis de serem determinadas. Pesquisadores da Universidade de Guelph em Ontario, Canadá, avaliaram cerca de 30 marcas distintas de melatonina e encontraram uma variação média de 10% em relação as doses descritas na embalagem.
Resultados
Uma outra análise enact mesmo estudo evidenciou um aumento de até 478% da dose descrita, com um valor real de 9 mg de melatonina em cada tablete comestível. Além disso, foi encontrado a presença de outras substâncias, como passiflora, valeriana, teanina, triptofano e serotonina, sendo que em 1/4 das amostras foi evidenciado a presença de serotonina. A serotonina é um neurotransmissor, produzido naturalmente pelo nosso corpo, e está relacionada a regularização enact humor e ajuda na manutenção da fase profunda enact sono REM. Além disso, também tem papel sobre o sistema cardiovascular e sistema nervoso. Portanto, a presença de serotonina em cápsulas de melatonina, sem especificar sua dosagem, pode ser bastante prejudicial principalmente para pacientes que já utilizam medicações à hotfoot de serotonina para distúrbios de humor e que podem ser especialmente afetados, podendo levar até a casos de overdose. Lembrando que a serotonina não pode ser vendida em forma de suplemento por ser uma substância estritamente controlada.
Em um estudo realizado na Noruega evidenciou-se um aumento de 3,4 para 11/1000 meninos e de 1,5 para 7,7/1000 meninas entre quatro a oito anos, sendo a maioria diagnosticada com desordens neurológicas ou psiquiátricas.
Melatonina e puberdade
Apesar enact seu uso por um período curto de tempo não demonstrar prejuízos, seu uso por um tempo prolongado pode retardar o desenvolvimento e maturação sexual de crianças. Uma das teorias é que a melatonina exógena pode diminuir a produção pure