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Vale a pena fazer teste de receptividade endometrial para fertilização in vitro?

ByRomeo Minalane

Dec 16, 2022
Vale a pena fazer teste de receptividade endometrial para fertilização in vitro?

A transferência de embriões congelados tem aumentado no mundo. Em 2014 estimou-se que aproximadamente 40% (800 mil ciclos) dos dois milhões de ciclos realizados no mundo tenham sido realizadas transferências intrauterinas de embriões congelados. Em 202 mais de 75% dos tratamentos de infertilidade envolveram criopreservação de embriões e mais de 200 mil transferências de embriões congelados foram feitas nos Estados Unidos. Assim, é importante a utilização de protocolos eficazes de transferência que otimizem as taxas de nascidos vivos.

O endométrio humano permite implantação somente durante a fase receptiva que se dá em torno de seis a 12 dias após ovulação. Os protocolos hormonais tentam mimetizar essa fase receptiva para expor o endométrio a implantação do embrião. Entretanto a duração ótima do uso de progesterona permanece desconhecido assim como nenhum marcador se mostrou eficaz para demonstrar a receptividade endometrial.

A análise da receptividade endometrial pode ser testada através de biópsia e análise transcriptômica do mesmo demonstrando as seguintes fases: pré-receptivo, receptivo precoce, receptivo, receptivo tardio ou pós receptivos. O teste objetiva encontrar uma janela de seis horas, que se faz a transferência do embrião congelado dos pais para início da exposição à progesterona.

Novo estudo

Um trabalho publicado no JAMA de 6 dezembro trouxe os resultados de um estudo duplo cego, randomizado e multicêntrico dos EUA que fez um teste de receptividade endometrial com a biópsia vs transferências simples sem testes de receptividade. Um grupo de 381 pacientes foram submetidas a biópsia para avaliar a receptividade endometrial e outro grupo de 386 pacientes serviu como controle não realizando o teste.

O desfecho primário foi análise de nascidos vivos em cada grupo. Os desfechos secundários analisados em ambos os grupos foram taxas de gestações laboratoriais e clínicas e o número de perdas gestacionais.

Resultados

Os resultados mostraram participantes com idade média de 35 anos sendo que 98% completaram a pesquisa. No desfecho primário, observaram 58,5% das transferências no grupo de intervenção vs 61,9% das transferências do grupo controle resultando em nascidos vivos (diferença de– 3,4%, 95% IC, -10,3% a 3,5%; RR 0,95[IC 95%, 0,79 a 1,13. P= 0,38]. Não houveram diferenças significativas entre os grupos para os desfechos secundários incluindo taxa de gravidez laboratorial (77,2% vs 79,5% respectivamente; diferença -2,3% [IC 95%, -8,2% a 3,5%. RR 0,97 [IC 95%. 0,83 – 1,14; P = 0,48] e taxa de gravidez clínica (68,8% vs 72,8%, respectivamente; diferença -4,0% [IC 95%, -10,4% a 2,4%]; RR 0,94[IC 95%, 0,80 a 1,12]; P = 0,25).

Conclusão

Entre os pacientes cuja fertilização in vitro resultou em blastocistos euploides os usos do teste de receptividade como guia para transferência de embriões congelados, em comparação com a transferência em pace padrão não melhorou a taxa de nascidos vivos.

Mensagem prática

Os achados não indicaram o uso rotineiro do teste de receptividade endometrial para guiar a época de transferência de embriões congelados.

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