19659001 A Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (SAES/MS) alertou que, no mínimo, 25% dos pacientes com epilepsia no país são portadores em estágio tomb. A condição determina a necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, pois os acessos são frequentes e incontroláveis, tanto que muitos desses pacientes são candidatos à cirurgia. 19659002 19659003 Nos países desenvolvidos, a ocorrência da epilepsia cresce proporcionalmente com o aumento da idade. Nos países em desenvolvimento, por sua vez, geralmente atinge picos na adolescência e idade adulta. Em todo o mundo, a estimativa é de que a epilepsia ativa atinja em torno de 0,5% a 1% da população. Diversas são as condições que podem estar associadas à epilepsia. Entre as principais, estão lesões cerebrais, infecções, complicações peri-parto e desordens genéticas. Elas podem gerar crises epilépticas parciais ou totais, que na maioria dos casos desaparecem espontaneamente. Ainda assim, existe uma tendência para que essas se repitam periodicamente. 19659007 Saiba mais: 19459008 Qual o risco de epilepsia pós-AVC? 19659008 As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras: Crise convulsiva Nesse tipo de crise, a pessoa pode cair, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar. 19659013 Crise 19659014 do tipo “ausência” ou desligamento 19659015 A pessoa fica com o olhar fixo e perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida por aqueles que estão próximos. 19659017 19659018 Crise do tipo “alerta” 19659019 19659020 Se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta”, mas não tem controle dos atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, ela pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, o paciente não se recorda do que aconteceu quando a crise terminou. Existem ainda outros tipos de crises que podem provocar quedas sem nenhum movimento, contrações físicas, causar alterações visuais, auditivas ou de memória. 19659024 Diagnóstico e tratamento da epilepsia 19659025 Para que seja caracterizada a epilepsia é necessário haver recorrência espontânea das crises com intervalo de, no mínimo, 24 horas entre elas. Um episódio único não é indicativo da síndrome. Ouvir a história do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise ajuda a fechar o diagnóstico. Exames complementares são importantes para auxiliar na investigação, como o eletroencefalograma, a tomografia de crânio e a ressonância magnética do cérebro. O diagnóstico apropriado da epilepsia e do tipo de crise apresentado pelo paciente permite a escolha do tratamento adequado. 19659029 “O diagnóstico exige uma história clínica extremamente bem colhida. Afinal, existem diversas outras doenças que podem ser confundidas com epilepsia, como síncope, crises não epilépticas psicogênicas (CNEP), distúrbios do sono, entre outros. O mais desafiador em algumas circunstâncias clínicas é que, apesar de uma boa coleta de história clínica e propedêutica adequada, ainda há a possibilidade de residir dúvida diagnóstica. No caso de diagnóstico de epilepsia fármaco-resistente há ainda certas particularidades. Nem toda epilepsia mal controlada é considerada epilepsia fármaco-resistente. Afinal, muitas vezes a falha no controle de crises live em hábitos de vida inadequados do paciente (como má aderência farmacológica e privação de sono), em emprego de medicamento inadequado para o tipo de crise (como carbamazepina, que é ótimo para tratamento de crises focais, porém não é recomendada para crises de ausência) e dosage inadequada da droga anti-epiléptica prescrita”, detalhou a médica neurologista Danielle Calil de Sousa, mestranda no programa de pós-graduação em Saúde do Adulto, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e que a Learn more