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CBMI 2023: Recomendações atuais sobre encefalite autoimune em crianças

ByRomeo Minalane

Nov 29, 2023
CBMI 2023: Recomendações atuais sobre encefalite autoimune em crianças

A Dra. Karina Costa (Brasília/ DF) palestrou sobre o tema “Encefalite autoimune” no último dia do XXVIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva (CBMI) da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), realizado em Florianópolis, Santa Catarina. Encefalite autoimune (EAI) é definida como um distúrbio neuro inflamatório do sistema nervoso main (SNC) que se apresenta com alteração do estado psychological, convulsões e/ou distúrbios focais e déficits neurológicos. Em um estudo realizado em Hong Kong, 15 pacientes foram identificados com EAI ao longo de sete anos. A idade média de apresentação foi de 12 anos (variação de 1 a 17 anos). A incidência estimada em Hong Kong foi de 2,2 para um milhão de crianças por ano. Os sintomas mais comuns observados foram alterações psiquiátricas ou disfunção cognitiva (14/15, 93%), convulsões (14/15, 93%), disfunção da fala (13/15, 87%), distúrbios do movimento (12/15, 80%), diminuição do nível de consciência (10/15, 67%) disfunção autonômica ou hipoventilação main (5/15, 33%). Saiba mais: 19459008 CBMI 2023: A expansão inicial de fluidos deve ser restritiva ou liberal? CBMI 2023: Recomendações atuais para sedação e analgesia em UTI pediátrica 19659007 CBMI 2023: Recomendações atuais para sedação e analgesia em UTI pediátrica Classificação 19659009 19659010 É feita conforme a localização do antígeno. 19659012 Antígenos intracelulares 19659014 Resposta mediada pelas células T. 19659016 Respondem mal à imunoterapia. 19659017 Estão associadas a neoplasias– mais comuns: ovário (teratoma), testículo. Considerar evaluating tumoral. Antígenos de superfície celular 19659025 19659026 Resposta mediada pelo sistema imune humoral. 19659027 19659028 Melhor resposta à imunoterapia Anticorpos mais comuns na população pediátrica: NMDAR, MOG e GAD65. 19659032 encefalite autoimune pós-viral: pós-encefalite por vírus Herpes simples (HSV), podendo produzir anticorpos anti-receptor NMDA. Dessa forma, sintomas recidivos após a encefalite por HSV sem positividade para o antígeno viral podem ser atribuídos a anticorpos anti-receptor NMDA. Ocorre com maior frequência em crianças. 19659033 19659034 Quando suspeitar de encefalite autoimune? 19659035 19659036 Início abrupto/ piora rápida; 19659037 19659038 Instabilidade autonômica; 19659039 Delirium 19659041 evoluindo para catatonia e vice-versa; 19659042 19659043 Incontinência urinária/ fecal; 19659044 19659045 Regressão cognitiva; Distúrbio de marcha e equilíbrio; 19659048 19659049 Recaída após tratamento para encefalite viral; 19659050 19659051 Estado de mal epiléptico ou epilepsia multifocal resistente a medicamentos anticonvulsivantes; Envolvimento de vários domínios, por exemplo, cognição e sistema extrapiramidal and so on; 19659054 O líquido cefalorraquidiano (LCR) tem características de inflamação na ausência de infecção. 19659056 19659057 Sintomas prodrômicos inespecíficos são relatados em 48-70% dos pacientes pediátricos: febre, sintomas respiratórios, cefaleia, vômitos e diarreia. No entanto, o período de pace entre os pródomos e o desenvolvimento de doença neurológica não está bem estabelecido. 19659058 19659059 Diagnóstico 19659060 19659061 Análise do LCR Pleocitose linfocítica (> > 5 a geralmente < < 100 leucócitos/ mm 3 19659065. Proteinorraquia pouco alterada. 19659069 Ressonância magnética de crânio 19659070 Achados frequentemente inespecíficos com áreas sugestivas de desmielinização ou evidência de perda de volume. 19659072 19659073 Lesões de hiperintensidade na substância branca occipital bilateral. Eletroencefalograma 19659076 As anormalidades podem estar presentes em até 90% dos pacientes pediátricos e podem incluir achados gerais de lentidão ou atividade epiléptica, ou achados mais específicos, como o 19659078 severe delta brushing , observado na encefalite anti-NMDAR. Tratamento 19659082 Quando há alta suspeita clínica, a meta é iniciar o tratamento em até 48 horas após a admissão. PRIMEIRA LINHA Doença leve a moderada 19659087 Metilprednisolona: 30 mg/kg/dia (máx 1 g/dia) 6/6 h, por 5 dias. 19659089 19659090 Transicionar para prednisolona 2 mg/kg (máx 60 mg/dia). 19659092 Imunoglobulina intravenosa (IGIV): 2g/kg-- em 48 h. 19659093 19659094 Doença tomb (disautonomia/ convulsões não responsivas ao tratamento) 19659095 19659096 Metilprednisolona: 30 mg/kg/dia (máx 1 g/dia) 6/6 h, por 5 dias. 19659098 Transicionar para prednisolona 2 mg/kg (máx 60 mg/dia). 19659099 19659100 IGIV: 2g/kg-- em 48 h ou plasmaférese. 19659101 19659102 SEGUNDA LINHA Anticorpo detectado Rituximabe após discussão sobre riscos 19659106 versus benefícios com a família: 750 mg/m 2 (máx 1g) dividido em duas dosages (intervalo de duas semanas). Anticorpo não detectado 19659112 Sem melhora com a terapia de primeira linha: reconsiderar diagnóstico. 19659114 19659115 Melhora significante com terapia de primeira linha: observação. 19659117 Melhora limitada ou moderada com terapia de primeira linha: discutir se prosseguir ou não com a terapia. Leia também: 19459008 CBMI 2023: Quando indicar milrinona e vasopressina no choque séptico pediátrico? Prognóstico No estudo realizado em Hong Kong mencionado pela Dra. Karina, a evolução foi favorável em 71% dos casos. 19659124 Selecione o motivo: 19659125 Errado 19659126 Incompleto Desatualizado Confuso 19659129 Outros Sucesso! 19659131 Sua avaliação foi registrada com sucesso. Avaliar artigo 19659133 Dê sua nota para esse conteúdo. Você avaliou esse artigo 19659135 Sua avaliação foi registrada com sucesso. Autor 19659137 Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Hospital Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ ⦁ Professora adjunta de pediatria do curso de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques ⦁ Membro da Rede Brasileira de Pesquisa em Pediatria do IDOR no Rio de Janeiro ⦁ Acompanhou as UTI Pediátrica e Cardíaca do Hospital for Sick Children (Sick Kids) em Toronto, Canadá, supervisionada pelo Dr. Peter Cox ⦁ Membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) ⦁ Membro do comitê de sedação, analgesia e delirium da AMIB e da Sociedade Latino-Americana de Cuidados Intensivos Pediátricos (SLACIP) ⦁ Membro da diretoria da American Delirium Society (ADS) ⦁ Coordenadora e cofundadora do Latin American Delirium Special Interest Group (LADIG) ⦁ Membro de apoio da Society for Pediatric Sedation (SPS) ⦁ Consultora de sono infantil e de amamentação ⦁ Instagram: @draroberta_pediatra Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo" src="https://pebmed.com.br/wp-content/themes/Pebmed-Theme/sahifa/components-v2/accordion/img/arrow-1.svg" loading="lazy 19659140 COSTA, Karina Nascimento. Encefalite autoimune 19659142 In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA INTENSIVA (CBMI), XXVIII, 2023, Florianópolis/ SC 19659144 HO, Alvin Chi-Chung et al. Anti-N-methyl-d-aspartate receptor sleeping sickness in kids: Incidence and experience in Hong Kong. 19659145 Brain Dev 19659146, v. 40, n. 6, p.473-479, 2018. DOI: doi.org/10.1016/j.braindev.2016.01.009 19659147 Learn more

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