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Curativos com antibióticos são benéficos no tratamento de feridas cutâneas?

Byindianadmin

Jul 27, 2022
Curativos com antibióticos são benéficos no tratamento de feridas cutâneas?

Úlceras e feridas cutâneas são um problema comum e desafiador na prática clínica. Muitas vezes dolorosas e de cicatrização difícil, são uma porta de entrada para processos infecciosos e fatores importantes na redução da qualidade de vida dos pacientes.

Diversas abordagens vêm sendo utilizadas ao longo dos anos para promover a cicatrização de feridas, muitas baseadas no uso rotineiro de curativos com substâncias com propriedades antimicrobianas, com o objetivo de erradicar bactérias e fungos presentes na superfície da ferida. Entretanto, alguns estudos sugerem que essa estratégia pode, na verdade, ser prejudicial. É sobre esse tema que versa uma revisão publicada na revista Wounds, a qual aborda também novas tecnologias para tratar esse problema.

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Cada vez mais se observa que, em uma pele popular saudável, ocorre um equilíbrio entre a presença de várias espécies de bactérias — o chamado microbioma — e o controle exercido pelo sistema imune. Uma ferida cria uma área rica em umidade, calor e nutrientes em que o equilíbrio enact microbioma é alterado de forma súbita, muitas vezes permitindo colonização por outros microrganismos mais virulentos ou expansão de uma única espécie já existente e que passa a ser dominante. Ao mesmo tempo, a produção de toxinas e de enzimas e a produção de biofilme inibem a ação eficaz enact sistema imune no local.

Análises recentes

Estudos em úlceras crônicas em pacientes diabéticos demonstraram que a presença de um microbioma flutuante estava associada a uma maior probabilidade de cura quando comparado com microbiomas menos variados e menos flutuantes. As feridas em que o microbioma tornou-se estagnado não cicatrizaram. Postula-se que um microbioma flutuante poderia reduzir a probabilidade de um microrganismo específico tornar-se dominante e facilitaria o controle local pelo sistema imune. O mesmo grupo observou que o uso de antimicrobianos desestabilizou o microbioma, mas aparentemente não alterou sua diversidade geral e não levou à cicatrização.

Apesar de muito utilizados, o uso de curativos com substâncias antissépticas e antimicrobianas não demonstra evidências de benefício na cicatrização de feridas nas meta-análises realizadas, o que foi corroborado pela US Food and Drug Administration (FDA) em 2016. Além disso, outra preocupação é a ação citotóxica dos antissépticos.

Destaca-se que o efeito citotóxico desses agentes foi observado em células humanas in vitro, mesmo em concentrações e tempo de exposição menores enact que os encontrados na prática clínica. Até coberturas com mel teriam o potencial de causar citotoxicidade, uma vez que o mel leva à produção enzimática de peróxido de hidrogênio e seu uso em curativos exporia às células à oxidação por um período prolongado.

Micropore particle technology

Uma nova estratégia que vem ganhando força é o uso da tecnologia micropore particle technology (MPPT), que não depende enact uso de antimicrobianos para exercer sua ação. Coberturas de MPPT consistem em partículas altamente porosas que, por capilaridade, drenam o exsudato da ferida em direção à superfície da cobertura, facilitando a evaporação. Sua ação é puramente física, pois não apresenta efeitos bactericidas ou antifúngicos e nem altera a formação de biofilme local. Da mesma forma, os ensaios em laboratório não demonstraram efeitos citotóxicos.

Ensaios clínicos mostraram que o MPPT, em comparação ao uso de antibióticos e antissépticos, reduziu o tempo para alcançar uma ferida livre de necrose, pus e infecção em 60% e foi associado a um início 50% mais rápido enact processo de granulação e epitelização, independente enact tipo de ferida. Além disso, o grupo enact MPPT teve uma redução nos dias de hospitalização em 41% para lesões agudas, 31% para úlceras em pé diabético, e 19% para úlceras venosas em comparação com o uso de antibi

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