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Manejo de casais com aborto recorrente

ByRomeo Minalane

Jul 19, 2023
Manejo de casais com aborto recorrente

19659001 Quando o casal tem três ou mais perdas gestacionais no primeiro trimestre, classificamos esse evento como aborto recorrente, o qual apresenta com uma prevalência de 5%. Tal condição acarreta problemas emocionais severos, interferindo em todos os aspectos da vida do casal. Por esse motivo, profissionais da área da saúde que prestam assistência a casais inférteis devem estar atualizados quanto às condutas corretas para o manejo dos casais com aborto recorrente. 19659004 Em julho de 2023, foi publicado um artigo no 19459007 International Journal of Gynecology & & Obstetrics 19459008, com o objetivo de revisar e atualizar as recomendações do manejo de casais com aborto recorrente. 19659007 Leia mais: 19459010 Série Comunicação Médica: ainda sobre decisão compartilhada 19659008 Os autores destacam a importância de realizar uma anamnese detalhada do casal, afinal, isso pode definir investigações específicas e tratamentos eficazes. Devemos perguntar sobre cada perda gestacional, para saber a idade gestacional que ocorreu, se houve necessidade de realizar curetagem, se houve dor e sangramento, se no momento apresentava ou tratava alguma infecção ou comorbidade. 19659009 19659011 Todos esses dados são de extrema importância para iniciar a investigação da etiologia do abortamento recorrente. Também devemos investigar se houve algum passado obstétrico com filho vivo, óbito fetal, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, enfim, toda a história obstétrica da paciente. 19659013 19659014 Dentro da história ginecológica, avaliar ciclo menstrual, pensando em patologias com síndrome dos ovários policísticos (SOP), adenomiose e endometriose. Perguntar sobre cirurgias ginecológicas prévias, como curetagem e miomectomia, também é relevante. Também é necessário saber sobre comorbidades, sendo que doenças autoimunes e tireoidopatias podem ser responsáveis por abortamento. 19659016 Nesse primeiro momento, já é necessário a abordagem multidisciplinar, com o objetivo de realizar um suporte emocional, ajudando o casal a passar por essa fase tão difícil e sensível. Além disso, é importante orientar os parceiros sobre os hábitos de vida saudáveis, como diminuir ingesta de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação adequada, prática de exercícios físicos, suplementação de metilfolato e vitamina D. 19659017 19659018 Os exames laboratoriais de rotina para avaliar a saúde do casal devem ser feitos em ambos, já na mulher, também devemos solicitar exames hormonais, como FSH, LH, estradiol e hormônio antimulleriano. A investigação imunológica deve ser realizada em pacientes específicas quando se faz necessário, através da solicitação de FAN, antitireoglobulina, anticorpos gliadina, células natural killers 19459008 e citocinas. 19659019 Uma orientação que pode ser um pouco polêmica é em relação a pesquisa de trombofilia. De acordo com os autores ela não deve ser realizada de rotina nas pacientes com aborto de repetição, pois a trombofilia adquirida tem baixa prevalência nessas pacientes, e a hereditária pode ser triada através de história familiar. Portanto, devemos pesquisar trombofilia apenas em pacientes com história de algum evento trombótico ou história familiar de trombofilia. 19659023 19659024 Veja ainda: Indicação de cerclagem: pedir a partir de história ou comprimento cervical? A solicitação de cariótipo de casal deve ser baseada em história prévia de filhos ou parentes próximos com algu Find out more 19459015

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