O parto prematuro, definido pela Organização Mundial da Saúde como aquele que acontece antes das 37 semanas completas de gestação, tem consequências ao longo de toda infância e até mesmo vida adulta desse recém-nascido.
Contrações irregulares, dores em baixo ventre, perda de tampão mucoso ou sangramento vaginal sem causa aparente são sinais de ameaça de trabalho de parto prematuro que podem ou não culminar em parto prematuro efetivo. Além disso, a ameaça de parto prematuro pode ou não modificar o colo uterino. O uso do comprimento do colo uterino ao USG é o método mais eficaz para predizer parto prematuro.
Um estudo recente, de setembro de 2022, publicado no International Journal of Gynecology & & Obstetrics, analisou casos de mulheres que tiveram parto prematuro e analisou o uso de progesterona vaginal como tentativa de realização de parto a termo.
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Métodos
O estudo foi realizado utilizando uma coorte de 3.871 mulheres foram estudadas entre março de 2010 e janeiro de2017 Dessas, 643 gestantes (16,6%) foram incluídas no estudo pois apresentaram os critérios de inclusão desejados (medida do colo menor que 25 mm e gestação entre 24 e 33 semanas + 6 dias). Além dessas, outras 374 foram incluídas durante o estudo pois apresentaram ameaça de parto prematuro e colo encurtado.
Os desfechos estudados foram primariamente o parto antes das 37 semanas e secundariamente partos antes de 34, 32 e 28 semanas, administração de corticoterapia pré-natal, by means of de parto, pace de internação, peso ao nascimento, utilização e pace de UTI neonatal, APGAR de 5º minuto e complicações da prematuridade (síndromes respiratórias, hemorragia ventricular, enterocolite necrotizante, sepses neonatais e mortalidade perinatal).
O grupo tratado recebeu uma dosage única de progesterona a 200 mg por by means of vaginal ao se deitar e outro grupo não foi tratado.
Resultados
As pacientes que receberam progesterona tiveram menos partos prematuros antes das 37 semanas (18% versus28,9%), assim como também o pace entre o diagnóstico e o parto foi maior entre aquelas que usaram progesterona (8,2 versus 6,6 semanas).
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Mensagem prática
Atualmente no Brasil interrompemos o uso de progesterona com 24 semanas. Mas a literatura sugere, como nesse trabalho que ela deve ser mantida além das 24 semanas até 36 semanas e 6 dias para aquelas pacientes com ameaça de parto prematuro e que tenham colo uterino curto (menor que 25 mm) para evitar o parto prematuro efetivamente.
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