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Retrospectiva 2023: publicações que se destacaram na reumatologia

Byindianadmin

Dec 26, 2023
Retrospectiva 2023: publicações que se destacaram na reumatologia

Chegamos ao last do ano de 2023 e vários estudos relacionados à Reumatologia e sua interação com diversas outras áreas do conhecimento foram publicados. Neste texto, vamos recapitular os artigos de maior destaque em nosso Portal ao longo deste ano, para que você não perca nenhuma informação importante para sua prática clínica. 19659003 Novas recomendações EULAR para o tratamento das vasculites associadas ao ANCA 19659005 Nesses standards 19659007 publicados pela EULAR, os autores reforçaram a necessidade de se avaliar a gravidade do quadro para indicação de uma terapia de indução mais apropriada, como já age descrito previamente: Terapia de indução para pacientes com GPA ou MPA COM risco de morte ou de disfunção orgânica tomb: rituximabe ou ciclofosfamida + corticoide. O rituximabe deve ser preferido nos casos de doença recidivante; 19659010 19659011 Terapia de indução para pacientes com GPA ou MPA SEM risco de morte ou de disfunção orgânica tomb: rituximabe + corticoide. Alternativas: metotrexato ou micofenolato mofetil. 19659012 Terapia de indução para pacientes com EGPA COM risco de morte ou de disfunção orgânica tomb: ciclofosfamida + corticoide em altas dosages. Alternativa: rituximabe + corticoide em altas dosages; 19659015 Terapia de indução para pacientes com EGPA COM risco de morte ou de disfunção orgânica tomb: corticoterapia. Caso o paciente seja refratário ou recidivante, os autores recomendam o uso de mepolizumabe; 19659016 19659017 Esquemas com dosages mais baixas de corticoide também foram recomendados, bem como a manutenção do tratamento por 24-48 meses. Quem é melhor na manutenção da remissão das vasculites associadas ao ANCA: rituximabe ou azatioprina? A azatioprina é considerada, por diversas recomendações, uma alternativa na terapia de manutenção dos pacientes com vasculites associadas ao ANCA. No entanto, estudos mais robustos de comparação entre as diversas opções de tratamento ainda estão sendo desenvolvidos. Em 2023, foi publicado o RITAZAREM, estudo bastante aguardado que comparou o rituximabe e a azatioprina como terapia de manutenção de pacientes com granulomatose com poliangiíte e poliangiíte microscópica (após indução com rituximabe). Nele, os autores encontraram que o rituximabe (no esquema de 4 dosages de 375 mg/m2 de superfície corporal) foi melhor que a azatioprina (2 mg/kg/dia) na prevenção de recidivas (45% rituximabe vs. 71% azatioprina). O risco de recidiva graves também foi menor com o rituximabe (RR 0,36, IC95% 0,18-0,73, p=0,004). Além disso, os pacientes em uso de azatioprina apresentaram maiores taxas de eventos adversos e infecções. 19659024 19659025 Novas recomendações para o uso de medicamentos antirreumáticos na gestação e lactação 19659026 A 19659027 British Society of Rheumatology 19659028 (BSR) é famosa pelas suas recomendações a respeito do uso de medicamentos antirreumáticos na gestação e na lactação. Em sua última atualização, a BSR acrescentou diversas informações interessantes que não estavam disponíveis na versão anterior desse documento. Dentre todas as medicações abordadas, destaco algumas frequentemente utilizadas por reumatologistas, mas não relacionadas à imunossupressão: 19659029 Tratamento para dor crônica: 19659032 As seguintes medicações são compatíveis com todos os períodos: amitriptilina, gabapentina, pregabalina, venlafaxina, fluoxetina, paroxetina, sertralina e duloxetina. Algumas apresentam evidências limitadas, mas os autores julgam que o risco é improvável. Não se recomenda a suspensão de antidepressivos no período puerperal; 19659034 No caso do uso de gabapentina e prebagalina, devemos prescrever dosages mais altas de ácido fólico (5 mg/dia) durante todo o período gestacional. 19659035 Bisfosfonatos: devem ser suspensos pelo menos 3 meses antes do início das tentativas de engravidar. Não são compatíveis com nenhum período da gestação e não existem dados suficientes na lactação. Desse modo, deve ser evitado em todos os períodos. 19659038 Vasodilatadores pulmonares: os dados são limitados. No entanto, devido à gravidade da situação e o risco iminente para mãe e feto, o uso de inibidores da PDE5, da endotelina e o prostanoides podem ser considerados pela equipe multidisciplinar assistente. Os anticoagulantes orais diretos (DOACS) são seguros na síndrome antifosfolípide (SAF)? 19659040 O uso dos DOACs vem crescendo em diversas áreas da medicina, especialmente na fibrilação atrial e no tratamento de eventos tromboembólicos venosos. 19659041 A SAF é uma trombofilia adquirida, de etiologia autoimune, que apresenta altas taxas de recorrência de eventos trombóticos, mesmo com tratamento apropriado. Um dado que já period conhecido pelos especialistas é que diversos estudos com boa qualidade metodológica que avaliaram o uso dos DOACs na SAF falharam em demonstrar a não inferioridade dos DOACs em relação aos inibidores da vitamina K ou tiveram que ser interrompidos precocemente devido a um maior risco de eventos trombóticos (especialmente arteriais). Com o objetivo de agregar os dados desses ensaios clínicos e tentar identificar um perfil de pacientes com SAF que poderiam se beneficiar do uso dessas medicações, uma revisão sistemática e metanálise desses estudos foi publicada em 2023. Os autores encontraram que os pacientes com SAF que fizeram o uso de DOACs tiveram um risco aumentado de eventos arteriais, especialmente cerebrovasculares, com taxas semelhantes de sangramento. 19659045 Dessa maneira, devemos evitar o uso desses medicamentos na SAF, principalmente se apresentarem eventos arteriais prévios ou perfil de alto risco de anticorpos antifosfolípides. 19659046 Quais são as manifestações pleuropulmonares na artrite reumatoide (AR)? 19659049 O aparelho respiratório é um alvo frequente da AR: pleu 19659050 Learn more

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