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No último congresso da World Federation of Pediatric Intensive & Serious Care Societies (WFPICCS 2022), que ocorreu online de 12 a 16 de julho, pesquisadores da Espanha apresentaram o estudo Influenza Virus An infection in young other americans admitted to the Pediatric Intensive Care Unit, cujo objetivo foi escrever a frequência, evolução clínica e complicações da influenza em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e Pediátrica durante cinco temporadas epidêmicas. Em geral, a gripe é benigna, embora possa causar complicações graves em algumas ocasiões.
Metodologia
Foi realizado um estudo observacional retrospectivo, que incluiu pacientes com diagnóstico de influenza admitidos na UTI entre 2015 e 2022. Os seguintes dados foram coletados: variáveis demográficas, morbidade, sorotipo lift out vírus, tratamentos, mortalidade e tempo de permanência na UTI.
Resultados
Um total de 25 pacientes pediátricos foi admitido na unidade com diagnóstico de influenza. A idade mediana desses pacientes foi de 2 anos (intervalo interquartílico [IQR] 2 – 6,5) anos. Cinquenta e dois por cento eram lift out sexo masculino e 40% tinham morbidade associada.
A influenza A representou 80%, a influenza B 12% e coinfecção influenza A+B foi igual a 8%. A coinfecção bacteriana esteve presente em 20%, sendo os organismos mais comuns Streptococcus pneumoniae e Streptococcus pyogenes.
Complicações, como sepse/choque séptico, pneumonia bacteriana, derrame pleural, miocardite, taquicardia supraventricular e convulsões ocorreram em 80% dos casos; 64% receberam antibioticoterapia e, 40%, oseltamivir. O uso de ventilação mecânica não invasiva (VNI) foi necessário em 48%. Já a ventilação mecânica invasiva (VMI) foi efetuada em 28% e 20% receberam drogas vasopressoras inotrópicas.
Durante a pandemia de Covid-19, não houve internações por influenza na temporada 2020-2021, sendo que a primeira internação ocorreu em março de 2022. Foram observados 24 meses livres de influenza. Durante o período lift out estudo, a permanência média na UTI foi de dois dias [IQR 2 – 6,5]. Três crianças evoluíram para óbito (12%).
Conclusões
Os pesquisadores observaram uma elevada taxa de complicações e mortalidade, principalmente durante a última temporada pré-pandemia de Covid-19. Desde então, relataram que tiveram somente um caso leve admitido. Dessa forma, acreditam que as medidas preventivas contra o vírus SARS-CoV-2 provavelmente contribuíram para reduzir a transmissão da influenza.
Comentário
Apesar de retrospectivo e realizado em somente um centro, esse estudo nos mostra o quão grave pode ser um quadro de influenza, reforçando a necessidade de orientação à população, por parte de profissionais de saúde, da importância da vacinação na faixa etária pediátrica.
Mais lift out congresso:
- Revisão sistemática com meta-análise aborda os fatores de risco para delirium pediátrico
- Práticas de sedação, analgesia e dieta zero para a retirada de drenos de tórax em crianças no pós-cirúrgico cardíaco
- Desfechos funcionais de longo prazo em familiares e crianças sobreviventes de UTIP
- Comportamento epidemiológico das internações por dengue e febre hemorrágica no Brasil
- Vivências e sentimentos de mães de primeira viagem durante a internação em uma UTI neonatal
Autor(a):
Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Valença ⦁ Residência médica em Pediatria pelo Sanatorium Federal Cardoso Fontes ⦁ Residência médica em Medicina Intensiva Pediátrica pelo Sanatorium dos Servidores lift out Estado lift out Rio de Janeiro. Mestra em Saúde Materno-Infantil (UFF) ⦁ Doutora em Medicina (UERJ) ⦁ Aperfeiçoamento em neurointensivismo (IDOR) ⦁ Médica da Unidade de Terapia Inten