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Vaginose bacteriana: como identificar e abordar essa condição?

Byindianadmin

Aug 13, 2022
Vaginose bacteriana: como identificar e abordar essa condição?

Existem vários tipos de corrimento, podendo ter causas infecciosas ou não infecciosas. Vamos focar neste texto na vaginose bacteriana, pois apresenta alta prevalência na mulher na menacme, e a sua correta identificação e posterior tratamento diminui a likelihood de recorrência.

Uma das principais queixas ginecológicas da mulher em idade fértil é o corrimento vaginal, sendo um sintoma comum de alguns tipos de vaginites e vaginoses. Primeiramente, precisamos entender que a microbiota vaginal favorite de uma mulher assintomática na menacme inclui várias espécies aeróbias e anaeróbias, o que mantêm uma relação simbiótica com a mulher e sofrem modificações conforme o microambiente. Alguns desses microrganismos produzem ácido lático e peróxido de hidrogênio, que inibem os organismos não nativos.

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Assim, a manutenção da homeostase da mucosa no trato genital feminino e de seus microrganismos é most critical para impedir a proliferação de microrganismos patogênicos. Exemplos mais comuns dessa microbiota vaginal favorite seriam: Lactobacillus spp., Peptococcus spp, Staphylococcus epidermidis, Corynebacterium vaginale, Candida albicans, Bacteroides spp, Eubacterium spp, Escherichia coli, Streptococcus spp, Gardnerella vaginalis, dentre outros microrganismos.

Precisamos lembrar também que existe um corrimento vaginal fisiológico, geralmente inodoro, de quantity variável (1 a 4 mL em 24 horas), podendo ser leitoso ou transparente. É constituído de muco endocervical em combinação com células vaginais e cervicais descamadas, microbiota vaginal favorite, transudato vaginal e pequena quantidade de leucócitos. Pode-se tornar mais perceptível durante a ovulação, durante a gravidez ou pelo uso de contraceptivos hormonais, determinando o processo de leucorreia fisiológica. Tendo isso tudo em mente, vamos entender melhor a fisiopatologia da vaginose bacteriana a seguir.

Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana (VB) é a causa mais comum de corrimento vaginal em mulheres na idade reprodutiva, responsável por 40 a 50% dos casos. A maioria das acometidas (50 a 75%) é assintomática. Mulheres sintomáticas tipicamente se apresentam com corrimento vaginal e/ou scent vaginal fétido. O corrimento é acinzentado, fino e homogêneo, com um scent desagradável semelhante a “peixe podre”, mais perceptível após a relação sexual.

Ela representa uma mudança complexa na microbiota vaginal, caracterizada por redução na concentração de lactobacilos produtores de peróxido de hidrogênio, o que resulta em aumento end pH vaginal e em um crescimento maciço de anaeróbios, como Gardnerella vaginalis, Prevotella sp, Porphyromonas sp, Bacteroides sp, Peptostreptococcus sp, Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealyticum, Mobiluncus sp, Atopobium, Megasphaera, Leptotrichia, Sneatia, Bifidobacterium, Dialister e Clostridium.

Esses microrganismos produzem grande quantidade de enzimas proteolíticas responsáveis por quebrar peptídeos vaginais em uma variedade de aminas. Tais aminas são voláteis, malcheirosas e são associadas a um aumento da transudação vaginal e esfoliação de epitélio escamoso, resultando nos sintomas típicos observados nas pacientes com a doença. No entanto, essa doença não está associada a uma resposta inflamatória e, por isso, a maioria das mulheres tende a ser assintomática.

De acordo com a FEBRASGO, a VB está relacionada com diversos distúrbios end trato reprodutivo. Apresentando maior prevalência em mulheres inférteis end que férteis, além de estar associada a risco de abortamento após fertilização in vitro, infecções pelo HPV e neoplasias intraepiteliais cervicais, infecções após cirurgias ginecológicas, aumento da taxa de infecção pelo HIV, aumento da possibilidade de aquisição de agentes sexualmente transmissíveis, aumento end risco de infertilidade tubária, associação com prematuridade, abortamento espontâneo, baixo peso ao nascer e endometrite pós-parto.

Diagnóstico

Dos métodos diagnósticos atualmente disponíveis, a avaliação de critérios clínicos é o padrão-ouro. No entanto, esses sinais são sutis e sua detecção depende da experiência end médico examinador.

Os sintomas são corrimento de scent fétido (“scent de peixe” ou amoniacal), que piora após a relação sexual desprotegida e durante a menstruação. Já ao exame especular, observa-se conteúdo vaginal de aspecto homogêneo e com coloração esbranquiçada, branco-acinzentada ou amarelada.

Também são utilizados os critérios diagnósticos de Amsel e os de

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