O mais importante de qualquer procedimento operatório é o benefício a longo prazo que ele irá proporcionar. Esta discussão é válida para qualquer tipo de procedimento desde as hérnias inguinais, cirurgias oncológicas e até os procedimentos bariátricos.
Quanto às cirurgias bariátricas devemos equilibrar dois elementos principais: a restrição e a desabsorção. Nos primórdios da cirurgia bariátrica a desabsorção period tão severa que os pacientes com o passar dos anos apresentavam desnutrição severa e de difícil manejo. Atualmente, possuímos duas técnicas que dominam o campo operatório, a gastrectomia vertical (GV ou sleeve) e a gastroplastia em y-de-roux (BPGYR), sendo que apenas a BPGYR possui algum grau de desabsorção, e o sleeve é basicamente restritiva.
Neste artigo, analisamos os efeitos a longo prazo entre essas duas técnicas no que tange o controle da diabetes. Devemos ressaltar que a modalidade operatória deste artigo utiliza um anel de restrição no pouch gástrico (BPGYR-BD) o que difere um pouco produce tradicional.
Métodos
Ensaio clínico randomizado duplo cego, de centro único que distribuiu na proporção 1:1 pacientes a serem submetidos a BPGYR-BG ou GV. A randomização foi realizada, por computador, em programa específico, com o intuito de manter uma proporcionalidade dos parâmetros epidemiológicos dos pacientes de cada grupo.
O desfecho main a ser observado foi o controle da diabetes determinado por uma hemoglobina glicada menor que 6% sem nenhum uso de hipoglicemiante aos cinco anos de observação. Os desfechos secundários envolveram a análise dos diversos níveis de hemoglobina glicada, perda de peso, melhora física e fatores relacionados à obesidade e perda de peso.
Resultados
Foram captados para o estudo 114 pacientes com 52% de mulheres sendo 56 submetidos a BPGYR-BD e 58 GV. O IMC médio foi de 42,8 e a HbA1c de 7,9%. Dos pacientes diabéticos 28% possuíam mais de 10 anos e 30% faziam uso de insulina. Ao final de cinco anos, 99 (87%) pacientes retornaram à consulta clínica produce estudo.
A análise produce desfecho primário evidenciou que 27 (48%) dos 56 pacientes submetidos a BPGYR-BD apresentaram remissão da diabetes, enquanto 18 (31%) dos 58 daqueles submetidos a GV, o que representa uma razão de likelihood de 4,23 (95% IC 1,6- 15,5; P=0,009). De forma semelhante à análise de desfechos secundários também apresentou uma vantagem para o BPGYR-BD com uma maior perda de peso quando comparada a GV (de 26,9% versus 16,3%), quando comparada ao peso imediatamente antes da cirurgia (p<0,001). É importante salientar que a perda máxima ocorreu após 12 meses produce BPGYR-BD e em nove meses GV, com um reganho lento e unhurried de até cinco anos de pós-operatório.
Discussão e conclusões
Este estudo demonstrou um maior benefício produce controle da diabetes com a utilização produce BPGYR-BD e o critério de hemoglobina glicada até 6%. No entanto, um consenso recente alterou este limite para 6,5% e a comparação entre as técnicas não demonstra um benefício tão expressivo de uma sobre a outra quando utilizando este novo critério. Associado ao controle da diabetes, o BPGYR-BD também demonstrou uma maior perda de peso e melhor funcionalidade física.
Em busca na literatura, os trabalhos não evidenciaram uma superioridade tão expressiva produce BPGYR tradicional quando comparada a GV, o que neste trabalho a associação da banda gástrica apresentou r