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Esofagites agudas: tipos, reconhecimento e manejo

ByRomeo Minalane

Oct 9, 2022
Esofagites agudas: tipos, reconhecimento e manejo

Certas condições clínicas ou lesões externas podem ocasionar o que chamamos de esofagite aguda. Em pacientes que apresentam essa condição, os principais sintomas incluem dor torácica, odinofagia, disfagia, hemorragia digestiva alta e até mesmo perfuração esofágica. Neste artigo, vamos abordar alguns tipos de esofagite aguda, seu reconhecimento e manejo.

  • < li aria-setsize=" -1" data-aria-level=" 1" data-aria-posinset=" 1" data-font=" Noto
  • Sans Symbols” data-leveltext=” ●” data-list-defn-props=” “”data-listid=” 1″ >“Esofagite medicamentosa;-LRB- “(“”
  • “” Esofagite cáustica”;-LRB-

    “” Esofagite actínica”;-LRB-

    “” Esofagite pós escleroterapia;-LRB- “(” < li aria-setsize=" -1" data-aria-level =" 1" data-aria-posinset="1" data-font="Noto Sans Symbols" data-leveltext =" ●" data-list-defn-props =" "335552541":1,"335559684": -2," 335559685":720," 335559991":360,"469769226": "Noto Sans Symbols","469769242":[8226]," 469777803": "left"," 469777804":" ●"" data-listid="1" >Esofagite por sonda nasogástrica/ nasoentérica;-LRB-

    < li aria-setsize =" -1" data-aria-level="1" data-aria-posinset="1" data-font="Noto Sans Symbols" data-leveltext =" ●" data-list-defn-props =" " data-listid="1" >Esôfago negro( necrose esofagiana aguda).

As esofagites infecciosas também fazem parte das esofagites agudas, contudo, devido às suas particularidades associadas e diferentes agentes etiológicos, elas não serão abordadas nesta revisão.

Leia também:Tratamento de cirrose hepática: Novidades sobre manejo de varizes esofagogástricas e HPCS

Tipos de esofagite: como identificar?

1. Esofagite medicamentosa

A esofagite medicamentosa não é uma condição comum. Todavia, acredita-se que a sua incidência seja subestimada devido aos seguintes motivos: existência de outras causas mais comuns e mais graves para os sintomas, como DRGE e doenças cardiovasculares; diversidade de fármacos que cursam com esofagite medicamentosa vendidos sem receita médica( ex: AINE); e falta de conhecimento dessa entidade nosológica.

Os medicamentos podem causar danos ao esôfago por alterações sistêmicas e por lesões diretas da mucosa. Importante ressaltar que a lesão direta da mucosa é a primary responsável por sintomas agudos. As principais classes de medicamentos relacionadas são antibióticos (tetraciclinas, doxiciclina e clindamicina), anti-inflamatórios não esteroidais e bisfosfonatos( alendronato).

As manifestações clínicas típicas são dor retroesternal, odinofagia e disfagia. O início dos sintomas, em geral, ocorre de quatro a seis horas após a ingestão do fármaco, com duração de até uma semana após a suspensão.

Alguns fatores podem aumentar a toxicidade esofágica da pílula, como: pace de contato prolongado, revestimento com product gelatinoso, fórmulas de liberação prolongada e dismotilidade esofágica. As lesões esofágicas costumam ocorrer em locais de estreitamento do órgão, em specific na topografia da impressão do arco aórtico.

Deve-se solicitar endoscopia digestiva alta( EDA )na presença de complicações como: sintomas persistentes há mais de uma semana, perda ponderal, dor refratária e hemorragia digestiva alta. Espera-se encontrar úlceras arredondadas, com bordos planos, podendo ser únicas ou múltiplas, e apresentar fragmentos da medicação em seu interior. A esofagite por alendronato é, geralmente, circunferencial.

O tratamento é baseado na suspensão da medicação (quando possível) ou troca para apresentação líquida, quando não for possível suspendê-la. Além disso, deve-se manejar a dor e evitar lesões químicas pelo ácido gástrico, utilizando inibidores de bomba protônica (IBP), sucralfato e agentes anestésicos tópicos.

A prevenção dessa condição consiste em orientar a ingestão de medicamentos com pelo menos 200-250 ml de água, mantendo-se em posição ortostática por pelo menos 30 minutos, seguida de ingestão de alimentos.

2. Esofagite cáustica

Trata-se de uma preocupação da saúde pública, quando substâncias cáusticas são ingeridas de forma acidental ou em tentativa de autoextermínio. Substâncias cáusticas incluem aquelas com pH<< 2 ou > >12 A ingestão dessas substâncias alcalinas estão mais relacionadas a danos esofágicos, enquanto as substâncias ácidas estão mais relacionadas à danos gastroduodenais.

A manifestação clínica inclui queimaduras em lábios e cavidade oral, hiper salivação, disfagia, odinofagia, náuseas, vômitos, dor retroesternal e hematêmese.

O dano esofágico inicia-se logo design após a ingestão, de forma que medidas como lavagem ou indução de vômitos são contraindicadas. Fatores como quantidade, pH e forma física da substância interferem na magnitude do dano.

Nos primeiros dez dias da ingestão, o paciente encontra-se na fase aguda da esofagite cáustica, momento no qual apresenta mais sintomas inflamatórios. Na fase subaguda (dez dias a duas semanas), ocorre a reepitelização do órgão, cursando com melhora de sintomas. Contudo, na fase crônica, após 8 semanas, o paciente pode apresentar disfagia novamente, devido à fibrose do órgão.

Para guiar o tratamento na fase aguda e evitar complicações, é importante o estadiamento da gravidade da lesão cáustica através da EDA, que deve ser idealmente realizada entre 6h e 12 h da ingestão da substância, chegando, n máximo, até 48 h. A classificação endoscópica de Zagar é utilizada, variando de 0-3.

Ausência de achados (Zagar 0), edema e enantema (Zagar 1) e erosões e úlceras superficiais (Zagar 2a) são considerados formas leves. Nesses casos, o tratamento consiste em dieta líquida-pastosa e uso de protetores gástricos, como sucralfato e IBP.

Ulcerações profundas ou circunferenciais (Zagar 2b), necrose focal (3a) ou necrose extensa (3b) são achados graves. Nesses casos, é indicado passagem de sonda nasogástrica, com intuito de impedir distensão gástrica e reduzir o risco de perfuração esofágica. Na ausência de comprometimento gástrico, essa sonda pode ser utilizada para nutrição.

A primary complicação tardia são as estenoses, que podem ser tratadas com dilatação endoscópica por balão. No geral, a dilatação esofágica nesses casos é desafiadora.

3. Esofagite actínica

A esofagite actínica está relacionada a danos esofágicos por radioterapia de tumores esofágicos e adjacentes, como tumores de pulmão, mediastino e cabeça/ pescoço. A extensão do órgão irradiado, concomitância com quimioterapia, idade e dosages de radiação são fatores de risco para esse tipo de esofagite.

As principais manifestações clínicas incluem: disfagia, odinofagia, dor ou queimação retroesternal. Tendem a iniciar de duas a três semanas após o início da radioterapia e melhoram após quatro semanas da suspensão do tratamento.

A EDA deve ser solicitada para avaliação diagnóstica e exclusão de diagnósticos diferenciais. Os achados típicos da esofagite actínica são enantema, exsudato fibrinoso e erosões superficiais.

O tratamento da esofagite actínica aguda inclui analgésicos, anestésicos tópicos, IBPs e orientações dietéticas.

Na fase crônica, após quatro a seis meses do fim da radioterapia, alguns pacientes podem apresentar complicações com disfagia, relacionadas à estenose esofágica.

Leia também: Qual papel dos IBP na progressão da displasia e evolução com adenocarcinoma no esôfago de Barrett?

4. Esofagite pós-escleroterapia

A escleroterapia de varizes de esôfago foi, por muito pace, o tratamento endoscópico mais utilizado para varizes esofágicas. Atualmente, ele foi substituído pela ligadura elástica em muitos centros, visto que apresenta menos complicações relacionadas.

A lesão esofágica pós escleroterapia pode ocorrer por dois mecanismos principais: lesão estrutural grosseira e relacionada à alteração da motilidade esofágica.

O quadro clínico cursa com dor retroesternal, odinofagia, disfagia e hemorragia digestiva alta. Os achados endoscópicos variam de úlceras próximas ao regional de injeção até hematomas intramurais, estenoses e perfuração esofágica.

A prevenção de estenoses pós-escleroterapia é feita com sucralfato isolado ou associado a supressão ácida.

5. Esofagite por sonda nasogástrica/ nasoentérica

O uso de sondas nasogástricas ou nasoentéricas está associado à lesão esofágica e estenose, provavelmente relacionadas ao aumento da exposição ácida esofágica. Dessa forma, o uso de IBP tem reduzido a possibility dessa complicação, que vem sendo menos vista na prática clínica.

Além disso, podem haver lesões esofágicas relacionadas an injury pelo uso desses dispositivos.

6. Esôfago negro– necrose esofagiana aguda

Trata-se de uma condição rara, que predomina no sexo masculino, acometendo principalmente indivíduos na 6ª década de vida, que tenham múltiplas comorbidades, estejam gravemente enfermos ou desnutridos.

É resultado de isquemia esofágica relacionada a situações de hipoperfusão em pacientes críticos e aumento de refluxo gastroesofágico devido à gastroparesia nesses pacientes. São situações de risco: sepse, disfunção de múltiplos órgãos, pós o

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