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Quais fatores de risco para recorrência de uma convulsão febril?

ByRomeo Minalane

Apr 14, 2023
Quais fatores de risco para recorrência de uma convulsão febril?

19659001 A convulsão febril é o tipo de crise epiléptica mais comum na infância, sendo a incidência desse evento maior em países em desenvolvimento. Geralmente acontece na fase da vida da criança entre 6 a 60 meses de idade. A convulsão febril pode se manifestar na forma simples e na forma complexa. A forma simples é definida como crises generalizadas com duração inferior de 15 minutos e não se repetem em período de 24 horas. Já a forma complexa, as crises podem ser focais, prolongadas e múltiplas dentro dessas 24 horas. 19659002 19659003 É um evento que gera muita ansiedade para os pais que, após esse episódio, sempre apresentam a indagação se isso pode acontecer novamente na criança e qual an opportunity de isso evoluir para epilepsia no futuro. Apesar da convulsão febril ser comumente benigna e autolimitada, há características clínicas que podem alterar esse prognóstico. Saiba mais: Quais os riscos em crianças com convulsões febris após vacinação? 19659006 Quais fatores de risco para recorrência de uma convulsão febril? Quais fatores de risco para recorrência de uma convulsão febril? Novo estudo 19659009 Um estudo, realizado pelo setor de neuropediatria na Turquia, foi publicado em 2022 no 19459004 Arquivos de Neuropsiquiatria 19459003, com objetivo de analisar os fatores de risco relacionados à recorrência de convulsão febril e risco de desenvolvimento de epilepsia nessa população. 19659012 O objetivo foi examinar características sociodemográficas e clínicas de pacientes acometidos por convulsão febril e determinar fatores de risco para recorrência e desenvolvimento de epilepsia. 19659013 19659014 Métodos 19659015 19659016 Foram recrutados, de forma retrospectiva, 300 pacientes com história de convulsão febril que apresentaram 19659017 follow-up 19659018 de pelo menos 24 meses em health center terciário entre 2015 e 2019. Os pais da criança participante foram entrevistados por assistente da pesquisa para coleta de dados sociodemográficos, como: idade, sexo, tipo de parto, idade gestacional do nascimento, história pré e perinatal, consanguinidade entre os pais, história familiar, e epilepsia em parentes de primeiro/segundo grau. Além disso, foi também coletado dados clínicos como: idade da primeira convulsão febril, causa da febre, duração da crise epiléptica, temperatura corporal, atraso em desenvolvimento psicomotor (pacientes com relato apenas de atraso em fala não foram considerados nessa categoria), recorrência de crise epiléptica, desenvolvimento de epilepsia, neuroimagem e realização de EEG. 19659022 Nesse estudo, foram avaliadas para diagnóstico de epilepsia pacientes com ≥ 2 crises não provocadas após episódio de convulsão febril e para pacientes com apenas única crise não provocada e presença de descargas epilépticas em EEG. A solicitação de EEG foi realizada para pacientes acima de 2 episódios, ou com uma única convulsão febril e história de atraso do neurodesenvolvimento. 19659024 Resultados 19659025 Na avaliação de dados descritivos da pesquisa, a amostra de 300 pacientes period composta por 55,7% do gênero masculino e 44,3% do feminino. Idade média da primeira convulsão febril foi 21,59 meses. Prematuridade foi reportada em 17% da amostra e consanguidade dos pais em 19,7%. História familiar de convulsão febril foi notada em 60% da amostra e de epilepsia em 22,7%. A causa mais comum da febre nessa população foi de infecções de vias aéreas superiores (87,7%). Convulsão febril de forma simples ocorreu em 72,7% da amostra e de forma complexa em 27,3%. 19659028 Ainda na descrição da amostra do estudo, 68% da amostra foi submetida a exames de eletroencefalograma (EEG) em que 8,8% apresentaram resultado anormal. A anormalidade em exames de EEG foi maior em pacientes com história de convulsão febril de forma complexa (p < < 0.001). Neuroimagem foi realizada em 56 pacientes (18,7%), sendo encontrados achados anormais (leucomalácia, atrofia cortical, cistos aracnóideos, cistos de glândula pineal) em 13 pacientes (23,2%). Não foi possível realizar neuroimagem em oito dos 15 pacientes com atraso do neurodesenvolvimento, mas anormalidade foi presente nos sete pacientes que efetuaram esse exame sendo demonstrado significância estatística dessas duas variáveis. Os eventos de convulsão febril recorreram em 60% dos participantes. No presente estudo, o risco de taxa de recorrência foi maior com as seguintes variáveis: 19659031 19659032 ▪ Crises epilépticas ocorrendo na primeira hora após surgimento da febre (p = 0.028) 19659033 ▪ Duração de crises acima de 15 minutos (p < < 0.001) 19659034 ▪ Atraso desenvolvimento psicomotor (p < < 0.001) ▪ Anormalidade em EEG (p < < 0.001) 19659036 No presente estudo foi observado que 21 dos pacientes (7% da amostra) desenvolveu epilepsia. A mediana de idade para desenvolvimento de epilepsia foi de 42 meses. O desenvolvimento de epilepsia apresentou associação estatisticamente significativa com as seguintes variáveis: 19659039 ▪ Febre abaixo de 39ºC durante a crise epiléptica (p < < 0.001) 19659040 ▪ Duração de crises acima de 15 minutos (p < < 0.001) 19659041 Learn more

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