19659001 É bastante frequente encontrarmos extrassístoles ventriculares (ESV) no contexto do teste ergométrico (TE), porém sua implicância prognóstica em pacientes assintomáticos e sem doença cardíaca é desconhecida. 19659002 Um estudo mais recente sugere que a ocorrência de ESV frequentes ou complexas na fase de recuperação do exame está associada a aumento da mortalidade cardiovascular no longo prazo em 1,7 vezes, independente de outros fatores de risco. A maioria dos estudos que fizeram esse tipo de avaliação são pequenos e com variações em relação a definição de ESV frequentes. Assim, foi feito um estudo com objetivo de avaliar indivíduos assintomáticos, sem doença cardiovascular, com ESV no teste ergométrico submáximo e sua relação com desfechos em 10 anos de seguimento. Abaixo encontram-se os principais pontos do estudo. Leia também: 19459005 Teste ergométrico: o que precisamos saber? teste ergométrico 19659006 Métodos Os dados foram obtidos de uma coorte formada por indivíduos da Inglaterra, Escócia e País de Gales. Do overall, 95.154 participantes realizaram teste ergométrico submáximo com cicloergômetro em bicicleta entre 2009 e 2013. O protocolo consistia em registro de traçado cardíaco de 15 segundos em repouso pré exame, seguido de atividade com aumento progressivo por 6 minutos e período de recuperação em repouso e silêncio por 1 minuto. Apenas uma derivação do eletrocardiograma age registrada (DI). Os QRS eram avaliados como normais, quando estreitos, como tendo morfologia de ESV ou como nenhum ou ambos. ESV foi definida como complexo QRS com duração ≥ 0,12 segundos, não precedido por onda P. A presença de ESV foi dividida em grupos de acordo com o número de ocorrências em cada exame (0, 1-5, 6-10, 11-20 e > > 20 no esforço e 0, 1-5 e > > 5 na recuperação). Pacientes com doença cardíaca conhecida foram excluídos. O desfecho primário foi a ocorrência de eventos cardiovasculares adversos maiores (MACE), definidos como internação ou morte por infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca (IC) ou arritmias malignas. O desfecho secundário foi mortalidade por todas as causas. Resultados 19659011 Foram incluídos na análise 48.315 participantes, sendo 51,1% do sexo feminino com idade mediana de 56,8 anos. Participantes que tinham maior quantidade de ESV eram mais velhos, com maior probabilidade de serem do sexo masculino e de ter hipertensão e diabetes. Esses pacientes também tinham mais frequentemente infra desnivelamento do segmento ST. No seguimento de 12,6 anos houve 2.175 (4,5%) eventos do desfecho primário e 2.441 (5,1%) mortes por qualquer causa. 19659012 Os eventos foram mais frequentes em pacientes com ESV durante o esforço e quando em maior quantidade, sendo as incidências de 4% no grupo sem ESV, 5,8% no grupo com 1-5 e 10,2% no grupo com mais de 20 ESV (diferença estatisticamente significante). Resultado sem Find out more
Extrassístoles ventriculares no TE têm relação com eventos cardiovasculares?
