Para avaliar esse impacto e responder como crianças e adolescentes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com SARS-CoV-2 e outros vírus evoluíram no Brasil, um grupo de pesquisadores brasileiros de Minas Gerais formado por Dias e colaboradores fez um estudo que foi publicado na revista 19459003 Pediatrics em fevereiro de 2024. Neste artigo, destacaremos como foi feito e as contribuições desse estudo. 19659002 Leia também: 19459007 Covovax: Anvisa aprova nova vacina contra o SARS-CoV-2 Criança com SRAG por SARS-CoV-2 Metodologia 19659005 Fizeram um estudo de coorte retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, incluindo crianças e adolescentes (< < 18 anos) com Síndrome Respiratória Aguda Grave de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2023 no Brasil causada por vírus. Todos os casos de SRAG incluídos no SIVEP Gripe (Sistema de Informação De Vigilância Epidemiológica da Gripe) de pacientes com < < 18 anos de idade foram analisados. 19659006 Para serem cadastrados no banco de dados do SIVEP-Gripe, os pacientes devem apresentar síndrome gripal e pelo menos um dos seguintes critérios: cianose, dispneia, desconforto respiratório e saturação de oxigênio < < 95% em ar ambiente. Para os casos pediátricos, os sintomas específicos da criança (tiragem intercostal, batimento de asa de nariz, desidratação e hiporexia) também são considerados para inclusão no banco de dados. A SRAG no Brasil é de notificação compulsória em 24 horas. 19659007 A exposição primária é a cepa do vírus identificado em exame laboratorial na admissão hospitalar. O desfecho primário foi mortalidade intra-hospitalar. 19659008 Na análise estatística, foram 3 estágios: 19659009 1º) Estatística resumida com dados demográficos e clínicos com médias (e desvio-padrão), medianas (e intervalos interquartis), contagens e proporções. Usaram o teste F e o teste c2 para comparações entre grupos quando apropriado; 2º) 19459007 Avaliaram o efeito da etiologia viral na sobrevivência de crianças e adolescentes com SRAG, fizeram uma análise de sobrevivência de risco competitivo usando a função de incidência cumulativa (CIF) e o modelo Fine-Gray para estimar a incidência cumulativa do desfecho primário ao longo do pace; 19659011 Leia ainda: 19459007 Qual o impacto da infecção pelo SARS-CoV-2 em crianças no longo prazo? 3º) 19459007 Identificaram fatores de risco independentes de morte por meio de análise multivariável de sobrevivência de risco competitivo para cada cepa viral, ajustando os modelos por sexo, etnia, ano de admissão, região de internação, saturação de oxigênio na admissão e comorbidades. Os resultados foram expressos como taxas de risco ajustadas (HR) e intervalos de confiança de 95% (IC). Os testes estatísticos foram bicaudais e a significância estatística foi estabelecida em P < < 0,05. 19659014 Resultados Foram incluídos 235.829 pacientes pediátricos com resultado de teste para vírus respiratório, internados com idade média na admissão de 3,8 anos com desvio padrão de 4,5 anos. Quanto à etiologia viral, houve predomínio de SARS-CoV-2 em adolescentes e vírus sincicial respiratório (VSR) em lactentes. 19659016 Sobre os desfechos: 19659017 25,6% (n: 54.962) foram internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI); 50,63% (n:105.401) precisaram de ox Learn more 19459019