19659001 A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral aguda, causada pelo poliovírus (subtipos 1, 2 e 3), um vírus de RNA pertencente ao gênero 19459003 Enterovirus 19459004 e à família Picornaviridae. 19459005 1 19659002 O único reservatório natural do poliovírus é o ser humano e sua transmissão é interpessoal direta, através de gotículas de secreção respiratória, ou então do contato com objetos, água ou alimentos contaminados com fezes de indivíduos infectados. O vírus penetra na mucosa orofaríngea, replica-se neste regional e se dissemina por through hematogênica até os tecidos-alvo (miocárdio, meninges, tecidos nervoso e linfático). Nos folículos linfáticos intestinais, o vírus continua sua proliferação e é excretado na luz intestinal tract, podendo ser isolado das fezes por 3 a 6 semanas. 1,2 Em mais de 90% dos casos, a evolução da infecção é assintomática ou apresenta sintomas leves e inespecíficos, como febre, mal-estar, tosse, coriza, vômitos, diarreia, dor stomach e cefaleia. 19459005 2 19659004 A forma mais serious é a poliomielite paralítica, cuja apresentação clínica varia de acordo com a região corporal acometida. A poliomielite bulbar, por exemplo, caracteriza-se pela paralisia do diafragma e/ou dos músculos intercostais, resultando em um quadro de insuficiência respiratória que, em alguns casos, pode resultar em dependência de ventilação respiratória assistida. 19459005 2 19659005 São considerados suspeitos de poliomielite todos os casos de início súbito de paralisia motora em menores de 15 anos de idade, e também em indivíduos de qualquer idade que viajaram para países com circulação do vírus selvagem ou tiveram contato com pessoas sintomáticas procedentes destes locais, num período de 30 dias antecedentes ao início dos sintomas. 19459005 2 19659006 Diante de um caso suspeito, deve-se sempre coletar duas ou mais amostras de fezes, em até 14 dias após o início do déficit motor. As amostras fecais são submetidas a exames de cultura e à técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR). Através desta última, é possível identificar, além da presença do poliovírus, se é de origem selvagem ou vacinal, e qual é o seu subtipo (1, 2 ou 3). 2 Não existem opções de tratamento específicos para a poliomielite. Todos os pacientes acometidos devem ser hospitalizados e receber medidas terapêuticas apropriadas de suporte. 1 19659008 A profilaxia primária da doença envolve medidas de melhoria do saneamento básico, educação populacional e campanhas de promoção de higiene sanitária. Porém, a estratégia mais efetiva de prevenção é a vacinação, sobretudo do público infantil, de até 5 anos de idade. 2 Existem duas vacinas contra a poliomielite. A VOP, também conhecida como “Sabin”, é uma vacina oral de vírus vivo atenuado. Atualmente, esta vacina é bivalente, pois fornece proteção contra os subtipos 1 e 3. O vírus tipo 2 foi removido de sua composição a partir de 2016, após ter sido certificado como erradicado do planeta, em 2015. 19459005 3 19659010 A VIP, também chamada “Salk”, é a vacina injetável composta por vírus inativado 19459003 19459004 Trata-se de uma vacina trivalente, ou seja, protege contra os subtipos 1, 2 e 3. 19459005 3 A primary desvantagem da VOP é que, embora raramente, o vírus atenuado pode sofrer mutações e recuperar sua virulência, podendo causar poliomielite. Por isso, ela não deve ser aplicada em indivíduos imunodeficientes ou em seus contactantes, em hospitalizados ou em pessoas que não receberam anteriormen Find out more 19459011